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Créditos: Globo G1

(Postada em 16/03/2021)

É sancionada lei com novas regras do Minha Casa, Minha Vida

Programa foi retomado pelo atual governo após ter sido substituído pelo Casa Verde e Amarela na gestão Bolsonaro. Valor máximo de financiamento pela iniciativa subiu para R$ 350 mil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta quarta-feira (12), a lei criada a partir da medida provisória (MP) do novo Minha Casa, Minha Vida, programa de habitação popular do governo federal. O ato ocorreu em cerimônia em Brasília.

A íntegra do texto não tinha sido divulgada até o início da tarde. Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, o presidente vetou "diversos" trechos da proposta que haviam sido incluídos durante a tramitação no Congresso. No entanto, Jader Filho disse que houve três vetos "principais":

 

o que obrigava distribuidoras de energia a comprarem o excedente produzido por painéis solares instalados nas casas do programa; o que previa a contratação de um seguro pós-obra, pelas construtoras, para cobrir eventuais danos na estrutura das casas; o que previa descontos em taxas cobradas pelos cartórios em operações com recursos do FGTS. Estabelecido em 2009, no segundo mandato de Lula, o programa foi substituído em 2020, na gestão de Jair Bolsonaro, pelo Casa Verde e Amarela, que manteve o objetivo de facilitar acesso a moradias para famílias de baixa renda.

O Minha Casa, Minha Vida foi retomado com o retorno de Lula ao Palácio do Planalto. O governo editou uma MP em fevereiro com as novas regras.

O programa entrou em vigor, porém precisava ser aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente para não perder a validade. As mudanças no texto feitas durante a tramitação na Câmara e no Senado e validadas por Lula só começam a valer com a sanção.

As principais ações previstas no programa são:

 

pagamento total ou de parte do valor da construção de casas; financiamento de imóveis novos ou usados; aluguel social (mais barato) de casas em áreas urbanas; reforma de imóveis inutilizados nas grandes cidades; reajuste no valor de obras já iniciadas; incentivo à construção de unidades próximas a grandes centros urbanos.  

Veja abaixo como fica o programa com as novas regras:

 

Faixas

 

O texto da MP aprovado por deputados e senadores estabelece que o Minha Casa, Minha Vida atende famílias enquadradas por critérios de renda e localização das moradias:

 

 

Áreas urbanas: famílias com renda bruta mensal de até R$ 8 mil; Áreas rurais: famílias com renda bruta anual de até 96 mil.  

O programa ainda tem uma subdivisão por faixas de renda nas áreas urbanas e rurais:

 

Faixa urbano 1: famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.640; Faixa urbano 2: famílias com renda bruta mensal de R$ 2.640,01 até R$ 4.400; Faixa urbano 3: famílias com renda bruta mensal de R$ 4.400,01 até R$ 8.000 Faixa rural 1: famílias com renda bruta anual até R$ 31.680; Faixa rural 2: famílias com renda bruta anual de R$ 31.680,91 até R$ 52.800; Faixa rural 3: famílias com renda bruta anual de R$ 52.800,01 até R$ 96.000.  

A MP aprovada define que, para o cálculo da renda, não serão considerados benefícios sociais, como auxílio-doença, auxílio-acidente, seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC), e Bolsa Família.

 

Faixa 1

 

O Minha Casa, Minha Vida foi retomado com o objetivo de contratar 2 milhões de habitações até 2026, com recursos do orçamento da União e de financiamentos via FGTS.

Neste primeiro semestre, foram entregues 10 mil unidades (investimento de R$ 1,17 bilhão), com a previsão de concluir ainda neste ano mais 8 mil unidades e retomada de 21,6 mil obras.

As famílias da Faixa 1 são a prioridade do programa. Para atender esse público, residente em municípios com população igual ou inferior a 80 mil habitantes, o texto prevê, por exemplo, a habilitação de instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central, inclusive bancos digitais, sociedades de crédito direto, cooperativas de crédito, e órgãos federais, estaduais e municipais.

O governo informou que, no Faixa 1, as famílias beneficiadas pagarão prestações mensais proporcionais à renda, com valor mínimo de R$ 80 por cinco anos.

Mudanças nos imóveis

As novas regras do Minha Casa, Minha Vida trazem mudanças nas especificações das unidades, com tamanho mínimo de 40m² para casas e de 41,5m² para apartamentos. As obras deverão ter varanda e os conjuntos precisam ser equipados com sala de biblioteca e equipamentos para a prática esportiva.

O programa também passa a exigir que o terreno fique na malha urbana, com proximidade a infraestrutura instalada e consolidada, com acesso a escolas, postos de saúde, comércio, serviços e transporte público coletivo.

Valores dos imóveis

O programa também atualizou valores dos imóveis, que variam por faixa de renda e localização. Segundo o governo, no geral, os subsídios ficam nos seguintes valores;

Faixa 1 subsidiado: até R$ 170 mil; Faixa 1 e 2 financiado: até R$ 264 mil; Faixa 3 financiado: até R$ 350 mil. Link da fonte

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